1 - Como foi encarar o desafio de cuidar do setor social do município?
Sílvia Papile - Sempre pensei que o lado carente do município precisava de uma atenção maior, que as famílias tinham que ser acolhidas de todas as formas, por todos os setores do município, a fim de formar parcerias que unidos pudessem transformar vidas. Essa é uma visão pessoal, que sempre me preocupei. Quando minha filha tornou-se prefeita senti que ela iria fazer a diferença nessa questão social. Pois durante sua vida sempre tivemos conversas voltadas a essa questão. Ela sabendo do meu desejo de fazer mudanças no núcleo família, me deu essa missão. E venho tentando de todas as formas colocar em prática meus objetivos de mudanças para as famílias que precisam e também as que querem conquistar mais.
Minha gestão no Fundo Social de Solidariedade visa progresso no núcleo familiar. Quero ajudar com o peixe, mas também quero ensinar a pescar.
2 – Quais os projetos que o setor desenvolve?
Sílvia Papile - O Fundo Social busca fazer parcerias para garantir a todos o direito de ser vencedor.
Nossos projetos são desenvolvidos em um formato de colaboração, onde apresento minha ideia principal e desenvolvemos juntos um trabalho. Assim, em relação a Educação, buscamos profissionalizar os munícipes, através de cursos em parceria com o Sebrae e Senac, onde atualmente ofertamos o curso de “Unhas Artísticas”, que visa aperfeiçoar quem já trabalha nessa área e ensinar quem quer uma nova profissão.
Em relação ao Departamento de Assistência Social e CRAS, formamos uma parceria para atender de forma humana as gestantes desse ano de 2021, ofertamos curso de artesanato (bordado, técnica em MDF e pintura) onde a gestante confecciona seu enxoval completo. Com o intuito do bem-estar da mãe e do bebê que vem chegando, existe a prática da yoga e ainda orientações de uma doula, que tem como objetivo reforçar o cuidado, zelo e amor maternal.
Já com a Saúde desenvolvemos o projeto 1ª Infância, onde o acolhimento é feito pelo médico Dr. Diego Montoia e pela nutricionista Aline Bego, que acompanham a criança a partir de seu nascimento até 1 ano de idade, buscando orientar e zelar pelo bem estar de mãe e filho.
Também temos outra parceria com Saúde, o acompanhamento de idosos, visitando e acalentando. A parceria fica mais forte quando o médico da família Dr. Diego e a enfermeira Erica Silva, fazem a visita semanal e abrem o leque de situações possibilitando que o Fundo Social faça uma intervenção com o objetivo de sanar dificuldades.
3 – O que te chamou a atenção neste convívio direto com o munícipe, na maior parte em estado de vulnerabilidade?
Sílvia Papile - Na verdade a situação da carência afetiva conta muito, as vezes percebo que a falta de carinho e atenção faz mais falta que uma refeição perdida no dia. Exemplo disso é quando faço visitas aos idosos, sinto um grande acolhimento vindo deles e tento fazer o máximo para retribuir o carinho, conversando, trocando ideias, relebrando o passado.
Quando converso com os jovens, percebo um grande interesse deles em aprender, querem crescer, se desenvolver, uns querem sair da cidade, outros querem investir aqui.
4 – Seus planos para 2022?
Sílvia Papile - Meu desejo é fortalecer mais ainda o vínculo com o Fundo Social de São Paulo para que possamos ofertar doações aos munícipes. Para 2022 precisamos desenvolver mais parcerias em relação a profissionalização para todos. Meu objetivo é que além de aprender tenham a oportunidade de estabelecer um vínculo financeiro, assim possam aprender e ganhar, podendo abrir ou investir em seu negócio próprio.
Continuar com o projeto 1ª Infância procurando sempre melhorar e expandir.
Temos também o objetivo de formar uma parceria para fortalecer os jovens, que são tão carentes de orientação para um futuro promissor.
Tenho a intenção de fazer um levantamento e cadastrar todas as famílias, para mapear e produzir um estudo, com o objetivo de melhor e aperfeiçoar o trabalho do Fundo Social Solidariedade.
5 – Na sua opinião qual a maior necessidade de seu município, em se tratando do social, hoje?
Sílvia Papile - Neste primeiro ano de gestão da minha filha pude fazer uma análise das dificuldades. Encontrei um povo carente de respeito, dignidade e amparo. Senti que os munícipes precisavam ser escutados, entendidos dentro de suas carências. Por isso tive a ideia de mapear minha amada cidade, a fim de entender como cuidar de todas as necessidades. Tornando uma cidade que protege e cuida sua população em todos os âmbitos.
6 – Considerações finais...
Sílvia Papile - Meu maior objetivo é fazer uma transformação na parte social, acolhendo e ajudando quem precisa. Minha filha tem inúmeros sonhos para nosso amado município e precisamos fazer uma grande mudança, oferecendo uma qualidade de vida digna para todos os moradores de União Paulista.
